terça-feira, 14 de maio de 2013

Somos Tão Jovens (somos mesmo???)!

Bora lá falar de “Somos Tão Jovens”, filme que conta a vida de Renato (mais o Manfrefini Júnior que o Russo, mas sempre Renato); aquele rapaz que viria a se tornar o vocalista da Legião Urbana (opa, tô começando politicamente correta demais???). Sou fã da Legião Urbana há 18 anos (opa, uma vida) e fã de cinema sei lá desde quando. Muitas das pessoas que gostaram de “Somos Tão Jovens” são os fãs do Renato, mas no meu ponto meu lado fã do cinema falou mais alto.

No entanto, antes de avaliar o filme em si, vou avaliar o que veio antes. Ou seja, meu lado fã da Legião que acompanhou a pré pré pré produção. Quando foi anunciado que Thiago Mendonça iria fazer o Renato, a imagem dele como o Bernardinho da novela “Duas Caras” ainda estava super fresca na cabeça. A minha implicância com esse filme veio daí. Não pelo esteriótipo que era o Bernardinho, mas pela escalação em si de outro ator que não o Bruce (Gomlevsky – que passou 3 anos interpretando o Renato no teatro de maneira digna e bela). A desculpa era que precisavam de um ator mais jovem pra interpretar um Renato mais jovem. No entanto, o ator escalado ainda é muito mais velho para o papel que interpreta. Fiquei com um ranso do filme por um tempo. Passado o tempo, o Bruce encerrou a temporada nos teatros (uma pena – porque era uma das peças mais lindas que já vi), o ranso foi passando e fui aceitando o Thiago Mendonça para o papel de Renato. Até que poucos dias antes da estréia me deparo com essa entrevista:

A animação que eu tava com o filme foi minguando. Não sei exatamente em que ponto. Mas o sinal de “vai dar merda” alertou dentro de mim. E ai vamos as considerações sobre o filme.

Mas se eu e algumas pessoas fizemos boca torta para o filme, por que ele tem sido tão bem aceito? Bora lá. Por que fazer um filme sobre a vida do Renato? Óbvio que quem teve a idéia pensou nos fãs, na quantidade de fãs. E fãs da música de Renato obviamente iriam ao cinema ver um filme sobre a vida do ídolo. E o filme mostra de fato passagens que os fãs conheciam há tempos de relatos, reportagens, matérias e/ou livros. Para muita gente o filme foi a visualização dos fatos.

E foi ai que o filme pecou pra mim. O filme na verdade é uma colcha de retalhos com os fatos mais importantes da vida do Renato e alguns deles não parecem ter relação entre si. Não há linealirinade na história. Citações das músicas de Renato deixaram o roteiro sem ritmo e cafona. E atuações que beiram ao bizarro, me fizeram sair do cinema frustrada. O ator que interpreta o Herbert Vianna de tão caricato beira ao deboche. Triste, muito triste... E que venha “Faroeste Caboclo, o filme”!

Smacks...

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